SAUDADE
Lareira amiga, venho para ouvir
aqueles contos lindos de outra idade,
contos que ouvi contar na mocidade,
docemente, embalando o meu sentir...
Penso neles e quedo-me a sorrir...
Lareira amiga, mata-me a saudade,
conta-mos outra vez, por piedade,
à noite, quando a lua nasce a rir.
Quanta história linda ouvi contar
– contos de fadas, lendas de encantar –
à lareira da casa de meus pais!
Tudo lá vai numa saudade infinda,
há muito já... Mas bem me lembro ainda
das noites lindas que não voltam mais...
OS MEUS
Cantar todos os meus
é afinar o som
que Deus me deu,
os beijos que a todos dei,
os abraços fortes
que apertei...
É o testemunho certo
de que todo o mundo é meu!
SEMPRE PRESENTE
Pensar que serei nada,
junto do perfume das rosas,
do aroma dos silvestres,
do buxo
e das flores formosas!
Os meus restos,
feitos pó,
serão sempre testemunha de gestos,
de verdades
e mentiras,
que jamais me deixarão só!
Os 3 poemas foram editados, in "Afectos" de 2003
Autor: António Macedo
Editor: Círculo Católico d’Operários – Vila do Conde
1 comentário:
Infinitas saudades...
Que falta nos fazes, PAI!
...Aquele momento do video é eterno...Obrigada pelas palavras que me segredaste enquanto dançavamos, guardo-as comigo até hoje.
Patrik
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