Prenda de Natal 2009! Livro Afectos Totalmente Disponível Gratuitamente

Com o intuito de dar a conhecer ao mundo os magníficos poemas que António Macedo escreveu, com o apoio e autorização do Circulo Católico de Operários, O livro passará a estar disponível on-line e para “download”, para sempre e para a posteridade em formato PDF.

Esta é uma prenda de Natal deste blog para todos quantos privaram, ou não com António Macedo, e que não tiveram oportunidade de ler ou comprar o seu Livro, e que agora o podem fazer apartir deste blog.

Feliz Natal 2009! click em cima do seguinte link:
Download ou ler o livro "AFECTOS" de António Macedo, editado em 2003

Esboço biográfico:

António Augusto de Almeida Macedo nasceu a 29 de Abril de 1926, numa casa da rua da Fraga, em Vila do Conde. Filho de Adília Praça de Almeida, rendilheira de bilros e mãe de corpo e alma, e de António Augusto Lopes de Macedo, um barbeiro muito querido na sua cidade.
Depois de terminar a 4.ª classe, o seu pai insistiu que ele aprendesse a arte de barbeiro. Como não era apaixonado pela mesma, decidiu continuar os estudos, à noite, numa escola da Póvoa de Varzim.
A pneumonia da época impediu-o de prosseguir a vida académica, retirando-lhe uma boa parte da sua juventude. Este acontecimento obrigou-o a continuar na barbearia. Não tinha uma grande característica no corte de cabelo, sabia cortar bem, mas não sabia nem gostava de pentear. Foi por intermédio de um grande amigo, José Sarmento, que em 1952 surgiu a oportunidade de trabalhar no Registo Civil de Vila do Conde. Em 1960, contou com o apoio do Dr. Gualter Augusto Rodrigues para ingresso efectivo na carreira de funcionário público, onde permaneceu até 1996. Foi, durante 44 anos, o homem dos casamentos, dos bilhetes de identidade e dos óbitos...
O casamento, os nove filhos e os amigos deram-lhe experiência suficiente para se tornar tão grande na amizade, como no carinho, no amor, na fidelidade, na honestidade e na humildade, enfim, ser grande, sobretudo como professor da sua família.
A sua aptidão para a poesia foi muito recente, nascendo, em paradoxo, com a morte de sua filha Eva. Este acontecimento deu-lhe consciência de que o amor a sua mãe, à esposa, aos filhos, aos amigos, à vida e à liberdade, ainda não tinham sido ditos de forma clara.
Em 1996 a reforma abriu as portas ao tempo de escrever poesia e não foi fácil, porque a falta de visão, provocada pela doença, não o deixou verdadeiramente livre. Por isso, aos 71 anos, decidiu abandonar a sua máquina de escrever e usar as novas tecnologias (computador) e, em apenas 3 meses, já conseguia escrever tudo no processador de texto!

A sua determinação e força de vontade, levam-no a escrever sem limites, quase numa corrida louca contra o tempo. Sentia talvez que, quanto mais escrevesse, mais depressa poderia morrer, ou mais longe estaria da morte e do esquecimento.

A publicação deste livro não era uma intenção, mas tão só uma vontade de demonstrar os seus afectos pelas pessoas que com ele partilharam a vida.